sábado, 16 de agosto de 2008

Identidadade Confessante: Os grandes almejam relevância...

6. Para o Pastor Metodista José Carlos Barbosa “O metodismo entrará em declínio não por ser refutado ou perseguido, mas quando se tornar irrelevante, insensível, opressivo e insípido.”(Trabalho sobre eclesiologia, apresentado no Concílio Regional da 5ª RE, realizado em novembro de 2005).
O declínio do metodismo brasileiro pode ser facilmente evidenciado pelo esforço extremado de crescimento rápido, proposto por alguns líderes, por sua invisibilidade e falta de influência na sociedade brasileira (ainda nos confundem com os adventistas) e pela “sensação” opressiva que paira, mais fortemente desde o 18° Concílio Nacional, sobre ecumênic@s, teólog@s e especialmente, sobre @s não “alinhad@s” ao perfil da liderança nacional.

Opressivo também tem sido a cobrança ao ministério pastoral e igrejas por crescimento a todo custo, criando uma atmosfera de ganho por produção, desestabilizando ministérios e gerando mal-estar psicológico em liderança e suas famílias, por não se alinharem a abordagens estranhas ao anúncio simples do evangelho.

Nesse sentido, a “IM deve tratar-se pelo evangelho e divã de Cristo, de seu “complexo de pequenês” adquirida ao longo dos anos e atualmente diante do crescimento de outros grupos religiosos. Seu tamanho e qualidade deve ser aferido a partir de uma identidade relevante no país em relação ao Evangelho somente.
“Há na verdade, pouca dúvida, de que o cidadão inglês do século dezoito, de maior importância para o mundo não era um político nem poeta, nem soldado ou marinheiro, mas o pequeno itinerante a cavalo – O grande cavaleiro, como eu o chamaria – que ainda está cavalgando para novas conquistas”; disse em 1928 o historiador J. Ernest Ratlembury ao escrever sobre o Legado de Wesley para o Mundo. (Seleções das cartas de João Wesley; p.5)
O que será escrito sobre os atuais líderes do metodismo brasileiro? Como eles (elas?) têm usado seus cargos, seus títulos e suas posições de poder? Que legado eles e (elas?) deixarão para o mundo?

Se almejamos ser Igreja discípula de Jesus, sendo sal da terra e luz do mundo, precisamos enfrentar as questões do mundo atual à luz da caminhada de Jesus. É necessário a firme defesa dos Direitos Humanos, contribuindo para “eqüidade” das mulheres, dos negros e dos pobres. E isso, obviamente, só será possível através de intervenções contundentes que garantam que as politicas públicas e o dinheiro subtraído, especialmente dos pobres através dos impostos, sejam de fato, revertidos em prol dos que precisam. Os discursos ideologicamente equivocados, ditos nos púlpitos de nossas comunidades, que afirmam que “@s crentes não devem se envolver em política”, precisa ser encarado como nítido desvio ou total falta de entendimento do ministério de Jesus aqui na terra.
A entrada triunfal em Jerusalém e sua morte precisa ser lida e re-lida à luz do contexto brasileiro onde os líderes, políticos e religiosos, exploram o povo sofrido de nossa Pátria. Ser sal e Luz imitando Jesus significa, nesse sentido, inclusive contribuir para a formação política nas comunidades a fim que os membros saibam como fiscalizar e denunciar as corrupções e as as injustiças a sua volta, bem como compreenderem a importância do voto na política e na igreja.

Mais que nunca é preciso empoderar (através do voto, mas sobretudo através de reflexões e ações sociais práticas) homens e mulheres que realmente tenham em seus corações o entendimento que a posição de poder na igreja e na sociedade só faz sentido quando tem o propósito de servir e promover à eqüidade; nada mais é que o esforço de aproximar os injustiçados da justiça, os doentes do cuidado, os famintos da mesa... Isso é fazer o Reino aqui na terra como nos céus, tal como Jesus nos ensinou.

Nenhum comentário: