segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ainda sobre a matéria “Eleição de bispos: sem indicação e sem debate?” Escrevem os Leitores - Por Robson Louzada Teixeira

Li atentamente a matéria publicada no Jornal da Vila nº 1553, escrita pelo irmão Roberto Pimenta. Eu participei do famigerado Concílio Geral de 2006, como membro da Comissão Geral de Constituição e Justiça, e, consequentemente, do julgamento da Ação Declaratória de Nulidade da eleição de bispos. Desejo adiantar que votei acompanhando o bem elaborado voto do Relator, Rev. Gerson Marques Fernandes, para julgar procedente o pedido, ante o absurdo cometido no plenário de Aracruz (1ª fase do concílio), durante os escrutínios para eleição de bispos. Era tão flagrante a ilegalidade e imoralidade cometidas durante a eleição, que o Bispo Nelson Luiz Campos Leite, presidente da sessão, interrompeu o processo para exortar duramente os "irmãos" que negociavam e influenciavam os votos dos delegados. Há um equívoco na informação contida na notícia que o irmão Roberto Pimenta traz no JV nº 1553 sobre o julgamento pela CGCJ, ocorrido no Concílio Geral de 2006 (2ª fase). Não houve empate no julgamento da ação declaratória proposta pelo Rev. Adahyr Cruz, visando a declaração de nulidade da eleição de bispos. A CGCJ julgou procedente a ação, porque 3 (três) dos seus membros, de um total de 6 (seis), haviam votado pela procedência do pedido (o relator e mais dois outros membros). O presidente da CGCJ, que não participou do julgamento, pois deixou o concílio para tratar de assuntos pessoais, ao retornar ao local do encontro (UMESP), tomando conhecimento do resultado, comunicou aos demais membros que também iria votar, muito embora se saiba que o voto do presidente é apenas um voto de qualidade (para desempate). Os três membros que votaram favoravelmente ao pedido sustentaram essa tese, mas o Dr. Carlos Walter, que faleceu pouco tempo após, insistiu que deveria votar. Contrariando a maioria, ele (Carlos Walter) votou para empatar e votou novamente para desempatar, ou seja, não houve empate du-rante o julgamento. A ação foi julgada procedente, mas o presidente Carlos Walter, (...), de forma arbitrária, votou para empatar o julgamento e, depois, fazendo uso do seu voto de qualidade (que seria legítimo se houvesse empate durante o julga-mento - até no Supremo Tribunal Federal o voto do presidente é de qualidade), votou de novo para desempatar o empate que ele mesmo gerou. Uma vergonha para Igreja Metodista. Registrei minha indignação logo após o Dr. Carlos Walter divulgar sua decisão (não da CGCJ, que já havia julgado procedente o pedido) para o plenário que, extasiado aplaudiu de pé. Mantenho em minha posse a ata daquela sessão com o registro. (...) Espero ter colaborado um pouco mais com as verdades contidas na matéria. Fiquem na Graça

NR – São valiosas as informações dos “bastidores” da CGCJ que o irmão Robson nos dá. Eu estava na primeira fila do plenário por ocasião da leitura do parecer da CGCJ e não percebi esta movimentação, naquela tensa noite de encerramento da segunda fase do Concílio Geral de 2006. Como todos os demais presentes, tomei conhecimento apenas da decisão final, comunicada ao plenário, de que a ação havia sido julgada improcedente. Roberto Pimenta

Fonte Jornal da Vila, Edição 1555, 08 de janeiro de 2012

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